A grande dificuldade em resolver o desafio do cubo mágico (Cubo de Rubik) está na idéia tridimensional do sistema e na dependência que a engenhosa estrutura cria entre suas peças, de modo que a movimentação de uma única peça influencia toda organização do cubo. Em um primeiro contato a grande maioria das pessoas focam na resolução de uma única face e ao tentar resolver as demais perdem todo o trabalho realizado anteriormente. Imaginemos então o imenso cubo mágico da educação brasileira.
Na resolução do cubo mágico, bem como de qualquer outro sistema, são necessários: foco, visualização do problema, do objetivo, organização, metodologia para resolução, compreensão do funcionamento e das necessidades do sistema. O cubo mágico é um sistema simples, se comparado ao sistema educacional ou a qualquer outro sistema social que dependa da ação de inumeráveis elementos, felizmente os requisitos para resolução não mudam, o que nos permite tal comparação.
Para resolver o cubo analisamos o sistema. São seis faces que formam uma matriz 3x3x3, o centro de cada face é fixo, portanto indica a cor da face e a movimentação se dá pela rotação de cada face, nomeadas em tutorias já existentes (U (“Up”/Cima) face superior, D (“Down”/Baixo) face da base, voltada para baixo, R (“Right” Direita) face voltada para sua mão direita, L (“Left” Esquerda) face voltada para sua mão esquerda, F (“Front” Frente) face a sua frente, B (“Back” Trás) face que fica na parte de trás do cubo, “costas”, e não vê sem que gire o cubo.). Feito isso temos uma estrutura lógica definida que ajuda na compreensão do sistema.
O método básico de resolução do cubo é conhecido como método de camadas, que consiste em organizar as camadas do cubo, geralmente de baixo para cima, formando primeiro a cruz da face D alinhando as laterais da cruz com os centros das faces R, L, F, B em suas respectivas cores, feito isso formamos a base que nos permitira resolver o sistema. Seguindo o paralelo que propomos, é preciso definir bem as bases para que seja possível uma solução e muitas vezes para se definir essa base é necessário mudar o modo de observar o problema.
No passo seguinte do método de camadas, seguimos as regra de movimentação para alinhar os cantos da face D completando toda a primeira camada, partimos para a resolução da segunda camada. A primeira camada pode ser vista como o ensino fundamental, base necessária para formação do cidadão, já o ensino médio e técnico que é mais complexo pode ser visto como a segunda camada, seguindo essa analogia o ensino superior será nossa camada superior, completando o cubo.
A resolução de cada camada exige métodos mais complexos, se comparados aos da camada anterior, tal como é a estrutura educacional, onde a má formação básica prejudica diretamente a continuidade, a qualidade, muitas vezes resultando no abandono dos estudos ou em uma formação deficitária. Outro fato que nos preocupa é que o cubo mágico do Ministro é apenas um elemento do cubo mágico da Presidenta.