Consideramos a aprovação do livro “Por uma Vida Melhor”, uma conseqüência direta da última reforma ortográfica da língua portuguesa, que na prática adequa os padrões oficiais, “cultos”, a modos mais populares. O que deixa claro o comodismo brasileiro, adequamos escolas e agora até os padrões oficiais da língua usada no país, nos importando com efeitos estatísticos não trabalhamos a educação com a seriedade e compromissos devidos.
Elevar índices é diferente de preparar melhor nossa juventude e a verdadeira inclusão social não se dá por meio de cotas, mas sim através de um bom ensino básico, direito de todo cidadão brasileiro. Acho ainda o título do livro “Por uma Vida Melhor”, bem sugestivo, se não proposital, embora utópico. Afinal como seria melhor a vida se todos estivéssemos sempre corretos, sem discussões ou decisões a serem tomadas.
Particularmente, não consideramos possível qualquer tipo de organização sem que haja distinção de certo e errado. Considero ainda que manter consolidada uma estrutura rígida da linguagem padrão é de fundamental importância, pois assegura os códigos sociais e leis que regem a organização do país e como de nada serve o código se não há quem consiga decifrá-lo ou compreendê-lo, o ensino da forma culta e padrão pode chegar ao ponto de ser tratado como um caso de segurança nacional.