terça-feira, 31 de maio de 2011

Comentario pertinente e necessário


       Consideramos a aprovação do livro “Por uma Vida Melhor”, uma conseqüência direta da última reforma ortográfica da língua portuguesa, que na prática adequa os padrões oficiais, “cultos”, a modos mais populares. O que deixa claro o comodismo brasileiro, adequamos escolas e agora até os padrões oficiais da língua usada no país, nos importando com efeitos estatísticos não trabalhamos a educação com a seriedade e compromissos devidos.
        Elevar índices é diferente de preparar melhor nossa juventude e a verdadeira inclusão social não se dá por meio de cotas, mas sim através de um bom ensino básico, direito de todo cidadão brasileiro. Acho ainda o título do livro “Por uma Vida Melhor”, bem sugestivo, se não proposital, embora utópico. Afinal como seria melhor a vida se todos estivéssemos sempre corretos, sem discussões ou decisões a serem tomadas.
        Particularmente, não consideramos possível qualquer tipo de organização sem que haja distinção de certo e errado. Considero ainda que manter consolidada uma estrutura rígida da linguagem padrão é de fundamental importância, pois assegura os códigos sociais e leis que regem a organização do país e como de nada serve o código se não há quem consiga decifrá-lo ou compreendê-lo, o ensino da forma culta e padrão pode chegar ao ponto de ser tratado como um caso de segurança nacional.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Educação como sistema de produção


       Quando pensamos em sistemas de produção concordamos que é inadmissível construir um sistema cujo produto final não tenha utilidade ou não seja rentável, ou ainda que a cadeia de produção possua elementos que despropositadamente emperrem a dinâmica do processo construtivo. Isso se deve ao nosso entendimento do que seja eficiência. Hoje, e muito antes, também se fala em produtividade com sustentabilidade enquanto uns e outros pensam que o fato de serem produtivos os isentam de responsabilidade social e global (Presidente da Federação de Agricultura e Pecuária (Faeg), José Mário Schreiner diz que "é hora de o Executivo mostrar que o setor produtivo merece trabalhar em paz". (C.H.S.)) .
       Agora se pensarmos o sistema educacional brasileiro como um sistema produtivo, com pequenas exceções, perceberemos que o que é impensável, não só é praticado, como também é incentivado. Forçando um sistema ineficiente e precário a produzir, gerando produtos que caso fossem submetidos aos testes de um “INMETRO” da educação seriam proibidos de exercer a função para qual foram preparados, seja do setor fundamental, médio, técnico ou superior.
       O sistema educacional pode ser visto como uma imensa indústria cujo objetivo é suprir as necessidades do complexo sistema social em todos seus setores, sendo os principais o transporte, a comunicação, saúde e, em destaque, o próprio sistema educacional, já que este alimenta os demais.
       A falência administrativa, causada pela falta de objetividade e clareza, em qualquer desses setores, compromete de forma direta a eficiência dos demais setores. Sendo o setor educacional o de maior impacto, bem como o mais delicado, visto que as consequências da boa ou má qualidade, desse setor, são detectadas somente a longo prazo, embora sejam passíveis de previsões tão eficientes quanto as previsões climáticas feitas hoje para o mesmo dia e mês do ano que vem.
       Para que um dia sejamos um país que possa ostentar o título de potência sustentável. Devemos, antes de tudo, prover a sustentabilidade de um ensino de qualidade por meio de qualificação, infraestrutura, condições de trabalho para o aluno e o professor, valorização, respeito, motivação e responsabilidade social e política.